CostaPé2019
Grande Caminhada de 1.200 kms pela costa Portuguesa
com cheiro a mar!...
21.07.2019 COSTAPE:
Etapa 9B
Setúbal - Carvalhal 28 kms
Domingo, 21 de julho: Setúbal – Carvalhal, 28 kms
surpresas para esta etapa. O Carlos leva-nos a Setúbal e acompanha-nos até ao Carvalhal. A Elvira faz questão participar. Com apoio, vai mais à vontade. Vamos direitos à sede do GDUA, pois o Franclim combinara com mais caminheiros aparecerem. Apesar de terem organizado e participado numa caminhada noturna no dia anterior, estão ali às 7 horas prontos para outra. Espetacular.
Seguimos rapidamente para Setúbal para apanhar o ferri. Tinha dormido bem e já tinha tudo preparado e arrumado no carro do Carlos Faria. Chegamos em cima da hora e ainda temos que correr de um lado para o outro, junto à marina de Setúbal. Finalmente no barco, atravessar o Rio Sado.
Logo pela manhã, é magnífico sentir toda a frescura, o cheiro e a paisagem com a Serra da Arrábida ao fundo. O barco é só nosso, todos muito alegres. Perspetiva-se um dia espetacular com pessoas amigas que se oferecem para me acompanhar em mais uma etapa: a Luísa, a Elvira, a Marta, o Franclim, a Ana, a São, o Joaquim, a Regina e a Bebe, grande equipa. Ao chegarmos a Tróia, esperam-nos mais três companheiros: o António Carvalho e o filho Hélder Carvalho, e ainda o Edu. Uma festa. Tanta gente com mais ou menos preparação, mas todos com o objetivo de terminar.
O percurso é um pouco atípico, sempre pela berma da nacional 261 até à Comporta. Muitos carros, o Sado acompanha-nos pelo nosso lado esquerdo. Não dá para falar muito, é um pouco penoso. Em fila indiana, vamos ganhando terreno a bom ritmo. O Carlos Faria aparece para nos acompanhar caso precisemos de alguma coisa. Alguns estrangeiros passam de bicicleta e fazemos o cordial cumprimento. O calor aperta.
O Hélder toma a dianteira, por vezes aternando com o António e o Edu. Puxam pelo grupo numa cadência certa. Uma vez na Comporta, entramos numa coletividade que tem umas bebidas bem fresquinhas, acompanhadas por umas belas sandes. É hora da bucha e aproveitamos para descansar antes de rumarmos ao Carvalhal. Estamos ali quase uma hora, a refrescar nesta simpática vila cheia de vida.
Alentejo à vista. Caminhamos mais um pouco pela estrada e saímos em direção aos arrozais. Passamos primeiro por uma zona de ecoturismo espetacular, com cavalos, yoga, uma panóplia de atividades à disposição. Passamos mesmo pelo interior da herdade, com a licença dos proprietários, que acham piada ao verem um grupo de caminheiros a passarem por um caminho de areia. Sim, inicialmente há muita areia ao longo de um lindo pinhal com sombras.
Começo a recear que alguém não aguente um pouco mais de esforço. Mais à frente, desviamos para os estradões dos arrozais. O grupo está um pouco aberto mas controlado. Ninguém pode desistir, a paisagem ajuda a fazer belos comentários. Um verde lindo, vivo, a contrastar com o azul do céu. Os canais de rega e as casas bem integradas fazem desta zona um paraíso. Muito calmo, excelente para a meditação. É assim durante mais de uma dezena de quilómetros de uma beleza singular. Até os insetos são diferentes e os pássaros mais belos. Impera o silêncio no grupo.
Estamos a chegar ao Carvalhal. Aldeia pitoresca com um toque muito especial de um turismo muito seletivo. Procuramos um toldo para nos sentar e refrescar. O Carlos também se junta e comemoramos o fim de uma etapa muito diferente das anteriores. Chagamos todos bem, é o que mais importa. De regresso, tenho boleia do António Carvalho e do Hélder até Alverca, onde apanho o comboio. Ajuda muito na previsão de chegada a casa, obrigado António.
O meu agradecimento a todos aqueles que se disponibilizaram a acompanhar-me, em especial ao Carlos Faria pela ajuda na minha mobilidade, tanto no sábado como no domingo, e à Elvira por ter cedido a sua casa para dormir nas duas noites, com mesa posta. Um bem-haja a todos.
Despesas: Alimentação - €20; Barco €5,70