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CostaPé2019

Grande Caminhada de 1.200 kms pela costa Portuguesa

com cheiro a mar!...

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 Cronica de Março  do Projeto Costapé2019.

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24.03.2019    COSTAPE    ETAPA 3B 

    Furadouro - Aveiro    42   kms

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Domingo, 24 de março: Furadouro (Ovar) – Aveiro, 42 kms

 

Possivelmente, é a última etapa a sair às 7 horas, que o Sol já vai alto a essa hora. Escrevo coisas boas no livro de presenças, para que nunca se perca este espírito português que é a alegria de receber alguém. Agradeço a hospitalidade. Ficam na memória do António alguns pormenores dignos de registo no Furadouro. Tiramos fotografias à medida que seguimos em direção ao mar.

Enquanto tomo café perto da marginal, ouvem-se as ondas. Uma súbita vontade de ficar! Mas temos de ir. Vamos direitos a um pinhal, com caminho arenoso e algumas sombras. Temperatura elevada para esta hora da manhã nesta época do ano. Calor. Sinto-me bem e o António também. No segundo dia sofremos o impacto do primeiro, há que gerir o esforço.

Progredimos em direção à Nacional 327, que nos leva S. Jacinto. Admiramos a paisagem e o efeito da Ria de Aveiro, espetacular. Sempre pela berma da estrada, a ria à nossa esquerda propicia imagens de um lindo espalho de água.

São muitos quilómetros em asfalto, mas sempre a admirar pequenos pormenores: a cegonha no ninho com a cabeça de fora, a espreitar do alto da chaminé; uma escola abandonada, de outros tempos; uma casa inspirada nos “Senhor dos Anéis”, integrada na paisagem (porque é que não a fotografei?); muitas flores; uma panóplia de cenários que não se veem à beira mar.

De volta à ecovia, comento com o António que é mais perigoso circular por aqui do na berma da estrada. São centenas de ciclistas a passar nos dois sentidos. Torna-se perigoso se queremos virar… sem olhar para todos os lados. Aos 15 quilómetros de caminhada, perto da Torreira, dá-me a sede e ao António a fome. Paramos e abastecemos com uns finos e uns petiscos antes de nos fazermos de novo à estrada.

Tinha combinado encontrar-me com um grande amigo, grande em todos os sentidos, alto e com uma amizade de 49 anos. Amigo de infância, dos sonhos, dos filmes e partilhas loucas. O amigo Rui Leal Vaz, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, vem até nós e faz uma grande festa. Acompanhava a nossa progressão pela net e admirou-se com o nosso ritmo - que estávamos a andar muito, diz-nos. Por vontade dele, seguiria connosco, mas outros valores se levantavam. Convida-nos para um almoço ligeiro, no parque de campismo próximo, a 2,5 quilómetros, já em São Jacinto. Ele foi andando de carro, e nós nunca mais lá chegamos… Já sentados no restaurante, colocamos conversas em dia, entre umas frescas e umas belas de sandes de carne. Alinhavamos a próxima etapa, maior do que o habitual para aproveitar o feriado do 25 de abril, com a presença ou o apoio dele, porque quatro dias seguidos a andar vai ser duro.

O tempo passa a voar e quase me esquecia, não fosse o António a chamar a atenção para a hora do barco. Mochilas às costas e lá vamos rapidamente para o cais de embarque, ali perto. Obrigado Rui, até para o mês que vem.

É sempre agradável andar de barco. Sentir o fresco na cara e a boa sensação de nos deslocarmos sem caminhar. Em 15 minutos estamos na outra margem da ria de Aveiro, na Gafanha da Nazaré. Faltam 12 km para a estação de comboios de Aveiro, o troço menos interessante do percurso, sem contar com Aveiro, claro.

As casas na Gafanha e nos arredores, muito peculiares, são de grande variedade arquitetónica. Os ponteiros do relógio caminham para as seis da tarde. As pessoas cumprimentam-nos, admiradas com a nossa convicção de chegarmos a horas ao comboio, às 20h. Muito alcatrão, muitas retas e carros, a maior quantidade de asfalto de todas as etapas até agora. Só quem está habituado a fazer grandes distâncias a pé conhece as defesas do nosso corpo que nos permitem simplesmente desligar, parcialmente, as zonas mais doridas e seguir em frente. Por outras palavras, na verdade apenas um, “aguenta”.

Finalmente, Aveiro. Um espetáculo! Tudo é bonito e colorido. As fachadas das casas, os vasos com flores, a ria, os barcos com os efeitos tradicionais, até os habitantes têm cor. A “Veneza de Portugal”… Entre fotos irresistíveis, deslumbramos-nos a apreciar aquele quadro, embelezado com o pôr do sol.

Falta menos de uma hora para o comboio. Com algum suor, percorremos 42 kms em pouco mais de 10 horas. Descansamos num bar, costas mais leves e a cabeça cheia de imagens e pormenores ricos, que nunca esqueceremos. António, grande companheiro de viagem, já temos mais uma. Obrigado e um abraço. E não te esqueças: em abril, são 4 dias seguidos (25, 26, 27 e 28), entre Aveiro e a Nazaré, num total de 168 kms.

Um agradecimento a todos os que participaram ou apoiaram esta etapa.

PPimenta

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Video:

Trak:

Participantes:

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Antonio
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Pimenta
Transporte, dormidas e refeições
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Regresso Aveiro Entroncamento IC: 15.20€

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Passagem de barco em S. Jacinto: 2.05€

 Alimentação – 10€; 

Galeria 3B

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