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CostaPé2019

Grande Caminhada de 1.200 kms pela costa Portuguesa

com cheiro a mar!...

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 Cronica de Março  do Projeto Costapé2019.

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08.06.2019 COSTAPE

Etapa 6a 

Ribamar - Ericeira  40 kms

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Sexta, 7 de junho

 

Reconhecimento 

 

Já a meio da tarde, depois do trabalho, apanho em Sete Rios o expresso para a Lourinhã. Por ser sexta-feira, a estação de embarque está apinhada de gente. Entrada na zona Oeste. Estradas mais acidentadas, povoações mais pequenas. Um táxi leva-me até Ribamar, especificamente até à Praia Porto do Dinheiro. Já tinha reservado o quarto num estabelecimento mesmo frente à praia. O dono fala-me de ideias para tornar aquele lugar mais turístico. Quer deixá-lo como herança ao filho. Dou uma volta para fazer um ligeiro reconhecimento, a pensar no dia seguinte. As marés estão a levar a areia da praia e uma retroescavadora de lagartas tenta minimizar o efeito, um trabalho de paciência. Janto por ali e volto para o quarto. Deixo-me ficar algum tempo a apreciar a paisagem. Sentado na cama, vejo o mar pela janela, da rebentação à linha de horizonte. Magnífico. O vento assobia pelas frinchas da janela, a Natureza a cantar no seu melhor. Deito-me cedo. Amanhã o caminho promete, ainda por cima com caminheiros a fazerem-me companhia.

 

Despesas: Expresso - €8,9; Táxi - €7,5€; Jantar - €8; Dormida - €35

 

sábado, 8 de junho:

 

Ribamar-Ericeira, 40 kms

 

Algum vento e temperatura amena para junho. Tudo indica que vou ter companhia. A primeira a chegar é Graça Fernandes, que vai ter comigo ao estacionamento da Praia do Porto do Dinheiro. É sempre com grande satisfação que recebo as pessoas que vêm caminhar comigo, o dia fica mais doce. Depois das apresentações, aparece com o António Carvalho o Deonel, a Hortense, a Ana e o Paulo.

Iniciamos com uma boa subida que nos coloca no trilho. O Oeste tem umas escarpas espectaculares, os caminhos é que muitas vezes não têm saída ou exigem grande técnica. Impossível de mochila. Passamos por belíssimas praias, muito limpas e agradáveis. Como vamos muito cedo, o café tarda. Grande trabalho que Torres Vedras está a fazer ao longo das praias do seu conselho, nota-se a diferença. O Deonel, um caminheiro habituado a estes caminhos, ajuda a percorrermos alguns trilhos conhecidos. Não falta uma mini festa pelo aniversário da Hortense: um café, um pastel de feijão e um brinde. Todos vão a bom ritmo. Como vou mais pesado, fico um pouco para trás.

O relevo é bastante acidentado. Muitas subidas curtas, a fazer moça ao nível muscular. A Hortense mostra interesse em fazer comigo a Rota Vicentina. O Carvalho segue na sua passada certa. Em algumas situações, temos que improvisar passagens e atalhar caminho. Há zonas tapadas por canas, intransponíveis. Quando voltamos às praias, as falásias erguem-se numa rara beleza, vistas de baixo. Muita gente pensa só na temperatura da água e não admira a envolvente.

A Graça, sempre muito alegre e com excelente andamento, está a adorar. Um carrocel em sobe e desce, sempre a puxar mais um pouco por nós. Comemos qualquer coisa em Santa Cruz e seguimos sempre com o azul do mar e do céu como fundo. Eu vou dando alguns sinais de fragilidade. Tenho de ingerir alguns nutrientes para continuar. Paramos em S. Lourenço, para descansar um pouco. A palavra de ordem é comer e beber. Depois de um merecido descanso, aproveitamos alguns troços da Rota do Atlântico.

O Paulo Claro, aparentemente o mais novo, sorri enquanto tira fotos. A Ana Gonçalves, mulher do Paulo, segue num andamento muito moderado mas certo. Fala-me de vários caminhos religiosos em Portugal, ao mesmo tempo que me faz companhia no fim da fila. Por fim, a passagem em Ribeira D’Ilhas. Já vamos muito distantes mas falta pouco. Mais o desafio de subir uma escadaria e já vejo a Ericeira. Brindamos à saúde e a boas aventuras.

Que grupo fantástico, cheio de animação e grande companheirismo. Obrigado por terem participado. O quarto espera-me no fim deste dia muito desgastante. Fico numa sala com os beliches todos para mim. Por simpatia colocam-me num local sossegado. Depois do banho, vou ao centro da vila procurar um lugar para jantar. Que desafio! Tudo cheio, pessoas à porta... independentemente do preço. Meia hora mais tarde, decido-me por uma explanada. De tanto frio, por vezes até tremo. Só por dizer que nem todos os dias se janta na Ericeira... Saciado, resta-me descansar.

 

Despesas: Almoço - €10; Jantar - €16; Dormida - €25

 

PPimenta

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Video:

Trak:

Participantes:

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Pimenta
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Carvalho
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Galeria 6A

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