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CostaPé2019

Grande Caminhada de 1.200 kms pela costa Portuguesa

com cheiro a mar!...

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 Cronica de Março  do Projeto Costapé2019.

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Etapa 12a:

Sabado, 26 de Outubro: Odeceixe - Chabouco 40 kms

Mais uma vez sai de Lisboa a meio da tarde pois a viagem de autocarro iria ser longa. Destino Odeceixe, três horas sentado. A vantagem de viajar de autocarro além de ser mais económico, sempre dá para dormir um pouco. Fui abrindo e fechando a pestana, reconhecendo localidades de passagens anteriores. O sol estava-se a por e por coincidência aproximava-me da ponte sobre o Rio Mira em Vila Nova de Mil Fontes. Espectacular o espelho de água com o por do sol, mesmo dentro do autocarro aproveitei para tirar uma foto. Já de noite e quase a chegar ao destino telefonei para o taxi para me transportar até a residencial na praia. Há chegada só esperei um pouco e  logo apareceu, a senhora tinha aproveitado a ida ao pão e  levou-me. Nestas terras toda a gente se conhece e parece que fica tudo em família, assim foi com o dono da residencial (Dorita). Mostrou-me o quarto e descarreguei logo a mochila porque o estômago estava a pedir jantar. Fiquei na esplanada apesar do vento , no quanto estava abrigado e gosto de estar no fresco e comer uma coisa quente. Carne Alentejana e umas cervejas com ananás ao fim. Paguei e fui para o quarto preparar as coisas para o dia seguinte.

 Por volta das 22 horas recebo um telefonema de umas caminheiras que vinham de Lisboa para  pernoitar em Odeceixe. Estavam assustadas, a pedir ajuda porque tinham feito uma inversão de marcha e carro tinha ficado preso numa valeta. Rapidamente levantei-me e fui ter com o dono da residencial e disse-lhe que precisava de ajuda rapidamente, contei-lhe. Prontificou-se logo , fomos buscar uma corda, ele emprestou-me uma carrinha e levou outra com mais força. Foi buscar um amigo e lá fomos fazer o resgate. Mandei-lhes uma mensagem para acenderem as luzes, e lá estava o clarão apontar para o céu estrelado. Parecia um farol costeiro. Sorte que ninguém se magoou nem o carro se estragou. As rodas da frente não ganhavam atrito o suficiente para sair por ele. Aliviadas de não estarem sós acalmaram e pouco depois já a viatura estava na estrada. A residencial que elas tinham reservado já estava fechada e acabaram por ficar onde eu estava hospedado na “Dorita”.

O Sr. Fernando foi um espetáculo de uma prontidão exemplar a que eu fico grado. Deitamos eram 2 da manhã para acordar as 6 horas, No dia seguinte iríamos ter mais visitas e o percurso, lindíssimo. 

 

Despesas: Viagem 24€ ; Dormida 35€ ; Jantar 17€

 

Etapa 12A - Outubro 26,  sábado.

 

Espreitei a janela e estava nevoeiro a noite estava escura, arranjei-me. Bati a porta das companheiras e saímos todos. Tínhamos visitas, o Luís e a Idalina o António Carvalho e a sua esposa Isabel . Sete da manhã é muito cedo para quem tem pela frente caminhos sinuosos. O céu já estava azul, ficamos encasacados até  o corpo aquecer. O Outono trás as cores naturais do mar e do céu, da terra e do verde. Magnificas paisagens para quem se dedica a fotografia. A altimetria não enganava começaram logo aparecer caminhos bastante sinuoso em declives acentuados. Como tentamos sempre andar a beira do mar, desta vez  em trilhos mais apimentamos . Saímos temporariamente da Rota Vicentina e arriscamos um pouco mais por trilhos nas falésias. A formações geológicas são sub real parece que estamos noutro mundo. As formas, os contrastes e a imensidão.   Com as mochilas temos que ter muito cuidado a descer, uns com mais dificuldades que outros mas sempre ajudando a passar os obstáculos. As vezes descíamos de quatro e de quatro subíamos, cada vale tinha um pequeno ribeiro para transpor. Andávamos aos esses e num sobe e desce, em que cada subida era uma vitória chegar ao topo. A cor da areia de manhã num amarelo dourado e ainda por cima com maré baixa, espectacular. Num dos trilhos fizemos questão mesmo de descer até a praia, era tão inclinado que as pedras fugiam debaixo dos pés. Ao fundo meia dúzia de pessoas que aproveitavam este sol de Outubro. Ja tinha saudades de caminhar na areia rija junto a água. Quando descemos, pensamos que temos que subir e desta vez uma escadaria enorme mesmo para fazer moça nas pernas. A Elsa e a Ana Tavares estavam se a sair muito bem em esforço controlado uma grande prestação, Luís e a Idalina sempre ligeiros tanto a subir com a descer, sempre a fazer companhia aos mais lentos. O António Carvalho sempre aquela máquina desce de vagar e sobe depressa sempre cheio de energia. Eu.. bom vou me arrastando estes, sobe e desce matam-me. Para endireitar o corpo desviamos mais para o interior, também porque não havia alternativa. Cada quilometro para o interior tínhamos que o fazer de regresso à costa, assim traçei um azimute e entramos pelo campo a dentro. Atravessamos terrenos particulares e acenávamos a cumprimentar as pessoas, pelo menos dávamos alguma satisfação. Andávamos pelos extremos das herdades sem pisar as cearas nem a saltar vedações.  Por distracção num obstáculo apoiei-me numa estaca electrificada e um choque repentino que por reflexo larguei logo. Mais a frente paramos à sombra de um pinhal para comermos alguma coisa já estávamos quase a meio da etapa. Perto havia alguém a trabalhar na limpeza da mata que achou estanho a nossa paragem. Com alguma conversa descreveu-nos os próximos quilómetros. Agridoces!.. Chagamos a Praia da Amoreira e descansamos no Paraíso do Mar. Palavra de ordem comer e beber. Cerveja e umas bifanas no pão sem preconceitos nem etiquetas éramos os únicos portugueses no restaurante. Foi atestar, os níveis que estavam em baixo . Esta foi a boa noticia, local para comer. A má noticia é que não dava para passar a Ribeira de Aljezur para a outra margem. Deveras muito mau, os dias são mais pequenos e fazer mais 10 kms do que estava previsto era complicado. Fizemo-nos a estrada até Aljezur. Uma grande seca, mesmo para sofrer alcatrão á farta. Bonito só mesmo os arrozais abandonados por falta de caudal ou de gente que perceba da lide. Subimos ao Castelo de Aljezur e apanhamos a Grande Rota Histórica. Descemos novamente para voltar a subir, mas a subida  não acabava. Devido ao adiantado da hora tracei o azimute a Chabouco. Nas subidas o Luis e o António ninguém os parava, excelente ritmo. As senhoras iam mais de vagar a tirar fotos a conversar.. com muita calma. O que é certo é que os últimos nunca descansam. Grande estradão até Chabouco com um bom andamento chegamos ainda de dia. A Isabel, a esposa do António estava a nossa espera. Estávamos acabar o dia junto ao restaurante. Paramos bebemos e petiscamos as ultimas reservas que tínhamos na mochila. O Luís, a Idalina, a Elsa e a Ana regressaram de taxi a Odeceixe. Foi um dia fantástico com companhia e conversas do acaso. Para a Ana foi uma prova que superou muito bem depois de uma lesão. Para a Elsa foi um desafio pessoal. Depois de estarem todos despachados o António a Isabel levaram-me com eles para Aljezur,  por sorte íamos pernoitar no mesmo alojamento. Era um albergue com vários quartos, individuais e tinha zona de beliches mista. Desejei uma boa noite ao António e esposa pois queria descansar e jantaria mesmo por ali. Depois de um banho rápido, eu sai do duche, entrou logo uma moça, que me fez lembrar em casa quando saio do banheiro há sempre alguém que aproveita o quentinho. O jantar foi ligeiro e fui descansar, desta vez fiquei na cama de baixo. Durante a noite ainda ouvi um ronco mas adormeci.

 

Despesas:  Dormida 17€ ; outros 10€

 

 

Galeria 12A

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Video:

Trak:

Participantes:

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