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CostaPé2019

Grande Caminhada de 1.200 kms pela costa Portuguesa

com cheiro a mar!...

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 Cronica de Março  do Projeto Costapé2019.

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25.05.2019 COSTAPE: Etapa 5a 

         Nazaré - Ferrel (Baleal)  47 kms

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Sábado, 25: Nazaré – Peniche, 47 kms

 

Entramos na costa Oeste. Temos que mudar um pouco a nossa mobilidade e adaptar-nos o melhor possível, fazendo pequenas alterações. Podemos dizer que esta região é um pouco pobre a nível de transportes públicos. Tão perto da capital e tão longe ao mesmo tempo. A opção é utilizar viatura própria, partilhada com o António Gonçalves, que vem ao meu encontro para arrancarmos às 4 da manhã, direitos a Ferrel, Baleal. Quando lá chegamos, o António Carvalho e o filho, Hélder Carvalho, já estão à nossa espera. Mas não damos logo por eles. Está escuro, e o Carvalho está vestido de preto. Inicialmente, passa-me despercebido. Mais uma vez, e ainda bem, as mochilas mais pesadas ficam em casa do Carvalho, e assim temos a vida mais facilitada.

Lá vamos todos em direção ao Sítio da Nazaré, onde deixo o meu carro durante todo o fim de semana. Somos quatro desta vez, com o Hélder a tornar-se o mais novo caminheiro, até agora, a participar nesta aventura. Tomamos o pequeno-almoço na baixa da Nazaré, por volta das sete da manhã, e a essa hora já nos estão a saudar e a desejar boa viagem. Saímos da cidade pela marginal, rumo ao Rio Alcobaça. O dia está limpo, com uma aragem de Norte. Entramos na terra na Quinda de S. Gião, onde se situa a igreja de São Gião, em ruínas há muitos anos, meia protegida com andaimes e contenções de fachadas. Por enquanto, tudo bem connosco. Caminhamos a direito, com alguma areia à mistura. O Hélder parece satisfeito, tudo indica que irá correr bem a jornada dele. Está algum calor a meio da manhã. Levamos mais água, o que significa mais algum peso.

Começamos a subir na zona da Praia do Salgado, Serra de Mangues. Trilhos no cume das falésias, onde camadas como fatias se desligam da terra. Estamos ansiosos por avistar S. Martinho, mas ainda falta um pouco. O caminho não permite caminhar aos pares. Temos de ter muita atenção onde pomos os pés. Progredimos em fila indiana.

Cada canto da nossa costa tem o seu quê de espectacularidade. O Hélder está maravilhado. Vai falando de outras experiências pedestres que já tivera enquanto tira umas fotos. Surpreendente o que se nos depara nas arribas do Facho, que abateram de tal modo que as fissuras são visíveis nos muros, o caminho de acesso transformado em montes de terra que a qualquer momento podem deslizar… Esperamos que não seja à hora errada no momento errado.

Eu e Carvalho tentamos ir junto à vedação. Não nos inspira muita confiança. Voltamos para trás. Temos mesmo que passar pelo meio do deslizamento de terra, com pezinhos de lã. Mais um miradouro e avistamos a mais bela baía de Portugal, em todo o seu esplendor. Descendo umas escadinhas em direção ao túnel, comento que, de todos os cheiros das ETAR’S, grande parte junto à costa, aquele é o mais agradável. Rimos todos. Estamos nas traseiras de um restaurante, o que faz toda a diferença nos odores. Paramos para comer e beber alguma coisa, e apreciar a linda praia em forma de lua em quarto crescente. Já levamos 17 kms nas pernas, mas ainda há muito para andar. Os passadiços que nos levam a Salir do Porto encontram-se degradados, devido aos ventos fortes que vão descalçando as madeiras. O calor aperta… Depois de fazermos um estradão em modo sobe e desce, entramos no alcatrão. Sempre a evitar a estrada, por causa da temperatura, que passa para as solas do calçado. Pior: desde São Martinho que já venho a sofrer um pouco. Estou “assado” e agrava-se a cada passo. Apesar de me precaver com vaselina, a transpiração não dá tréguas.

Caminhamos até a Foz do Arelho. Combinámos com um grande amigo destas andanças, o António Silva, dos Caminheiros do Litoral, a possibilidade de atravessar a lagoa de barco, para a outra margem. Está fora de causa fazer todo o seu perímetro, que acrescentaria quase 20 kms ao já de si longo percurso. Como não é possível, leva-nos em viatura própria até ao Bom Sucesso.

Já com 32 kms nas pernas, equaciono se continuo e ponho em risco o dia seguinte ou se vou de transporte nos últimos 15 kms da etapa e trato das mazelas para melhorar. Falo com o grupo. Compreendem perfeitamente a minha situação. Sei que não se perdem. São pessoas habituadas a caminhar.

Regresso então a Ferrel, onde tomo um banho em casa do António Carvalho. Besunto-me de pomada e deito-me na cama de pernas afastadas, para fazer efeito. Três horas depois, eles aparecem. Cansados mas felizes de terem terminado esta etapa. Não em Peniche, como previsto, mas em Ferrel, seis quilómetros antes, o que até calha muito bem.

O jantar é calórico. Só podia, depois de tanto sacrifício e energia gasta. Para não esquecer, antes de irmos para a cama vemos o final do Sporting-FC Porto, da Taça de Portugal. Vale a pena… Amanhã, saída às 7 da matina, com 40 kms pela frente. Agradecimento ao António Carvalho, pela cedência da casa em Ferrel.

 

Despesas: Transporte (automóvel particular) - €25; Refeições: Alimentação: €12

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Video:

Trak:

Participantes:

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Pimenta
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Hélder
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Carvalho
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Gonçalves

PPimenta

Galeria 5A

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