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CostaPé2019

Grande Caminhada de 1.200 kms pela costa Portuguesa

com cheiro a mar!...

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 Cronica de Março  do Projeto Costapé2019.

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Etapa 12b:

Domingo, 27 de Outubro: Vila do Bispo - Chabouco 30 kms

 

Abri os olhos as 4.30da manhã e as 5 levantei-me. Para não fazer barulho  arrumar, peguei nas coisas e levei-as para o átrio de entrada no r/c. Tinha dormido no 2 andar e desci com todo o material por uma escada exterior metálica, em meias e calções. Visto que este tipo de alojamento misto tem  boa política colectiva, ou seja temos cozinha, sala electrodomésticos por nossa conta aproveitei. Preparei as minhas coisas com calma, tratei de mim. Fiz o pequeno-almoço, Nestun. O dia estava a clarear o encontro estava previsto as 7.30. O António Carvalho tinha tido a ideia de fazer-mos este troço no sentido do Sul para norte o que  concordei melhorava a logística e poupava a distancia a percorrer de carro ao fim do dia.  Bebemos um café e fomos de carro mais a Isabel até Vila do Bispo.  Assim a Isabel regressava a Aljezur e ia-nos esperar ao Chabouco. Após alguns quilómetros em alcatrão até a praia era estranho ver o mar, que pela primeira vez do lado esquerdo. É difícil descrever a paisagem, muitos declives acentuados, muito árido, vegetação baixa e muito isolamento, afastado de tudo e de todos. Impressionante que os estrangeiros conhecem e aproveitam todos estes recantos para passarem as suas férias ou viver grande parte do ano em auto caravanas dos mais variados modelos. O mar sempre calmo contradiz com o relevo. Há sempre um carreiro que podemos percorrer nos vértices das falésias. De uma beleza ímpar, o que tem de tão belo tem de difícil progressão. O António segue na frente e esta com uma excelente preparação. Eu vou subindo aos poucos e viro-me para trás para tirar fotos e fazer um vídeo para mais tarde recordar. É um percurso majestoso não dá para pensar muito, as vistas são de grande beleza de estarmos num local isolado de tudo. Ali para quem caminha, tudo tem que correr bem. Os acessos alem de difíceis devem ser bastante demorados em caso de socorro. As únicas pessoas que se vem, são em caravanas ou carrinhas não mais de meia dúzia em perfeita sintonia com a natureza. Sinceramente não tenho palavras, as formações das rochas das falésias são lindas e umas atrás das outras. Gostos não se discutem mas esta é a costa aleita para mim a zona costeira mais bonita de Portugal. Custa-me a subir e falta-me o fôlego, vários fatores ultimamente tem mantido mais na cadeira . Mas com calma vai. Encontramos um solitário de mochila a trepar em sentido contrario. É admirável a liberdade o crer a satisfação de um homem que vem de longe empenhar-se naqueles trilhos. Perguntei-lhe em inglês se estava bem e se tinha água. Ele afirmou que sim e agradeceu. O que leva uma pessoa andar por ali só? Trilhos muito técnicos a exigirem  muito de nós. Nas descidas e nas subidas que levantemos bem os pés e muito equilíbrio. De vez enquanto lá apanhávamos um estradão que nos leva a outra praia. Mas depois Jesus credo...subir em trilho. Depois mais a frente apanhamos a Grande Rota Vicentina que tinha troços de muito respeito para quem anda com a casa as costas. Mais a frente um casal novo de mochila de em direcção a sul. Finalmente uma praia com algum movimento a Praia do Amado, e que me perdoem os abstémicos mas estávamos com muita sede. Depois daquelas paisagens e formações rochosas de tanta coisa linda, finalmente uma um banco, uma mesa e um balcão. Sem querer, bebemos uma caneca de meio litro de cerveja cada um com cajus. A seguir, a segunda com um cachorro e batata palha. Nem digo o preço, nem quero saber. O preço de matar a sede. Devido aos dias mais pequenos e a mudança da hora  e a dureza do percurso tivemos novamente que ajustar o trajecto e seguir  aproximadamente em linha recta até Chabouco. Foi uma boa opção a do Carvalho alterar o sentido desta etapa Entramos na estrada que vai dar a Carrapateira e apanhamos outra vez a Rota Vicentina. Ganhamos algum tempo pois o ritmo aumentou no asfalto o que foi sol de pouca dura. Voltamos a sair para um estradão que nunca mais acabava, de um isolamento total . Ainda foram umas 3 horas sempre andar num vale que tinha alguns sinais de humanização de outros tempos. Uma represa, embeleza temporariamente a paisagem de resto era um calvário. Algumas dores começavam aparecer por detrás dos joelhos e ancas mas nada que me travasse. O António lá ia a frente ao seu ritmo, está muito bem fisicamente. Mais uma subida e a seguir a outra e outra ainda. Toda a natureza tem a sua beleza temos de procurar o porque de ser assim, o relevo a vegetação e intervenção do homem. Tudo tem uma historia tudo tem um porque de ser!… O GPS ia falhando e as contas da distancia eram arredondadas e reguladas pelo tempo em andamento. Finalmente chegamos a estrada e já estávamos perto do Chabouco . E assim foi, lá estava a Isabel a nossa espera eram quase 18 horas e estava contente de a ver. Foi um dia difícil valeu a companhia do António e a paciência de esperar por mim. Regressamos de carro a Lisboa, sentados. Fez com que chegasse a casa mais cedo do que previsto. É uma felicidade o chegar a casa e ser recebido de braços abertos pela mulher e pela filha como estivesse um mês fora. Um grande agradecimento a elas que contribuem para o meu estado de paz de espírito para continuar esta aventura.

 

Despesas:  Viagem e outros 40€ ; almoço 10€

 

 

Galeria 12B

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Video:

Trak:

Participantes:

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