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CAMINHO:
ARCOS DE VALDEVEZ - PONTE DE LIMA

Arcos de Valdevez – Ponte de Lima – 24k

Saída de Lisboa às 17.00h no expresso para Arcos de Valdevez. Talvez a parte mais dura desta aventura, quase 6 horas sentado. Tinha marcado com a Residencial D. Isabel que a hora prevista seria muito próximo das 23 horas. Pois já noite escura e em modo de navegação pelas ruas da vila, toca o telemóvel..”Sr. Pedro já chegou?” já estava mesmo a porta. Uma residencial a moda antiga adaptada para os dias de hoje. Zona central, gente simpática, o quarto acolhedor, cama de 2 almofadas o que me levou a pensar que estava em casa.

Sai por volta das 8 da manhã já com o pequeno almoço que estava incluído no preço pus-me ao caminho. Fui tirando umas fotos junto ao rio Vez e a Ponte dos Arcos. Liguei as aplicações no telemóvel e fui andando pela ecovia do Vez. Agua quase cristalina que se via o fundo o arvoredo verde intenso de quem aproveitou as ultimas chuvas quase alface. Alguns ciclistas e pessoas a caminharem eram a minha companhia.

Há vestígios de artefactos, casas, muros etc, tudo nos transporta para outro mundo. Mais umas fotos desta vez ao gado bovino predominante nesta zona. Depois de passar a Ponte de Santar, possivelmente a única subida mais acentuada deste percurso de hoje que fará a ligação a Ponte da Barca.

Entrei pelo lado da Quinta da Prova, uma conversa rápida com uma habitante para dar um pouco de luz ao dia. Muitas flores, muitos cheiros e muito trabalho em pedra. Passei a ponte e tudo é bonito, alguns carros passavam e eu tentava não abrir a boca de pasmado. Fotografias mais fotografias e o meu cérebro tentava decifrar, tentava imaginar toda a historia de todas as coisas que ia observando. Podiam achar que era um tontinho mas não importa, quero ficar com tudo bem guardado em memória fotográfica. Dei uma pequena volta a Vila e segui para poente a beira do Rio Lima. Nova Ecovia que me vai levar ao fim. Nota-se o cuidado na manutenção e também o pouco movimento durante uma manhã de sábado. Reparo que nalgumas árvores estão fixas tábuas com palavras simpáticas e com algum valor emocional. Mas estão pregadas esse parte não compreendi. De resto é tudo brutal, o barulho da água e dos pássaros são imperiais. Edifícios, fontes, caneiros, tudo em pedra trabalhada que o musgo tenta pintar. Parei aos 16k para almoçar algo que trazia comigo. Parei e contemplei. Pelo resto do caminho fui contemplando é essa a palavra.

Achegada a Ponte de Lima foi ao som dos bombos, havia festa. Sentei-me numa esplanada a comer um crepe e uma cervejas. Tudo é admirável. A paisagem a arquitetura as pessoas. Uma caminhada sensorial. Já na pousada da Juventude que recomendo, saiu-me na rifa um quarto de quatro camas só para mim. Uma das paredes era totalmente em vidro e com uma paisagem magnifica sobre a serra.

Só faltava arranjar local para jantar, mas ainda era muito cedo. Dei uma volta na Vila para fazer um reconhecimento e uma fotos a edifícios magníficos e históricos. Ponho a minha imaginação a trabalhar e volto aos tempos feudais. Muito movimento e muita gente espanhola também.

Por indicação encontrei o restaurante que me encheu as medidas e ainda por cima as 19 horas já serviam jantares, muito bom, é para já. Picanha e cerveja e ananás etc.. saboroso. Calorias repostas. Seguidamente dei um passeio para ver o por do sol e a iluminação noturna um espetáculo. Já no quarto e com a intenção de sair as 6 da manhã a convicção não era muita. Não estava preocupado estava cheio de coisa lindas, tinha sido um grande dia até o sol ajudou.

Já domingo, dormi mal...pouco e deixei-me estar. É esta a vantagem de estar só. Tomei o pequeno almoço na Pousada, nas calmas e comecei a recalcular o regresso a casa. Ao chegar a garagem de camionagem, não havia carreiras e os expressos só com bilhetes on-line. Perguntei a um e único taxista qual o melhor transporte para sair dali??. “por 35€ ponho-o em Braga” eram pouco mais de 30 kms…. Aceitei logo.. vamos já embora. Em Braga troquei os bilhetes para mais cedo. Na bilheteira disseram me logo daqui a parte o comboio para o Porto...sempre andar. Depois o Inter cidades ate a casa. Foi mesmo uma rapidinha que ainda deu para passear ao fim da tarde com a família…..

Para o fim do mês ainda vou lá voltar para ir até Vila Verde.

Em modo de conclusão; O objetivo não é chegar mas sentir e esta etapa foi rica em muita coisa. Outro especto que até serviu de conversa com o taxista; o que vale tantos fundos para novos projetos enquanto a nossa população envelhece… em tons de brincadeira achamos por bem haver fundos europeus para o aumento de natalidade. Porque sem juventude tudo fica abandonado.

PPimenta.

04.04.2022

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GALERIA:

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