top of page

Via Nascente:  Alcarias - Alcoutim  23 kms 

33333.JPG

3ª Etapa Via Nascente: Alcarias-Odeleite-Alcoutim.
O isolamento do interior e fronteira do Algarve.
Sexta-feira à tarde tive de ir de carro até Alcoutim. Esta Vila Zen está além do sol nascente. Um lugar paradisíaco com pessoas muito calmas e profundas. Adorei a Pousada da Juventude, muito simpática e oferecendo um desconto de 10% para os peregrinos. As fotos falam por si, sendo a sala e cozinha um excelente local para passar uns dias sossegado ou não. Chamo-lhe Vila Zen porque para onde quer que olhemos, a paisagem era linda, sempre com o rio Guadiana ao fundo. O jantar foi um bom bife de atum para matar. Devido à mudança automática de horário na fronteira do celular, andei um pouco para ir ao papel. Às 19 horas os restaurantes estão prontos a servir refeições devido aos espanhóis que atravessam o Guadiana de barco para se deliciarem com a sua própria paisagem. Aproveitei e marquei o serviço de táxi para que no dia seguinte me levasse a Alcarias. Ao voltar para a Pousada, havia uma colega de quarto que fazia um passeio de bicicleta. Conversamos até tarde e trocamos alguns galhardetes, sempre aprendemos muito nessas conversas noturnas. Sábado depois do café da manhã na Pousada, o táxi chegou às 8 da manhã com um velho ao volante. Lá ele me levou através do nevoeiro entre curvas e contra curvas, fim do serviço 25 € para estar no meio do nada "Alcarias"
Comecei a descer em direcção a Odeleite sem ver as flechas mas sempre com o GPS a funcionar. Ninguém podia ser visto e a vontade de fazer xixi aumentou. Procurei uma árvore e pronto ... uma mulher apareceu na minha frente. Ela era estrangeira e conversamos um pouco sobre o caminho de Santiago e ela me disse que somos nós que fazemos a estrada. Eu precisava de um carimbo para a credencial, não foi fácil escalar a aldeia até o topo até chegar aos restaurantes ao longo da estrada nacional. Depois desceu e caminhou ao longo da Ribeira de Odeleite. Alguma agricultura e reabilitação de alguns engenhos, caso contrário o solo fica praticamente estéril.
Depois, seguiram-se muitos quilómetros de asfalto, sempre nas margens do Guadiana. Muito calor os cariocas pela manhã disseram que era sol de trovoada, levei um pouco de comida comigo e 3 litros de água. Mesmo assim pensei que no caminho iria parar em cafés ou restaurantes para reabastecer, enganei-me. Com a crise pandêmica, muitos estabelecimentos fecharam e outros ficaram à venda. O GR15 seguiu o Caminho. Andei até encontrar um lugar para descansar e comer alguma coisa, um ponto de ônibus que mais parecia um abrigo. Era bom parar um pouco e consumir um pouco de proteína. Muitos terrenos e casas à venda, muitas coisas abandonadas, sozinha. Mais uns quilómetros até uma barra junto ao rio na vila.

GALERIA:

wikiloc.png
bottom of page