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Via Nascente: Vila Real de Santo António - Alcarias  26 kms 

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VIA NASCENTE (in Algarve) 2ª Etapa.

Vamos buscar forças ao prazer de descobrir e de conhecer.

Um Sábado sempre a em atividade. Saída de casa sexta as 22h, apanhar o expresso em Lisboa rumo a Vila Real de Santo António a 1 da madrugada. Pontualidade britânica chegada a VRSA as 6.05h , temperatura amena foi o tempo de preparar alguma logística, beber um café e seguir o gps. O nascer do sol apareceu já a caminho de Castro Marim com as salinas a darem muita alma a paisagem. Saindo um pouco da rota entrei no Jardim Andaluz e subi a Ermida de Sto. António. Uma bonita e florida vila. Como não havia casa de banho públicas recorri a um café, café Serafim. Pequeno almoço e carimbo já estavam familiarizados com os Caminhos de Santiago e especialmente este. Até Monte Francisco o caminho altera entre alcatrão e terra e uma paragem para líquidos. Daqui para a frente as coisas iam aquecer, assim como o sol apesar de correr uma brisa fresca. Na Junqueira parei na associação “Clube Junqueira” comi e bebi para me preparar para o que vinha a seguir, parece que estava adivinhar. Gente simpática que com o calor nem se atrevem a por a cabeça de fora. Esta é uma paragem obrigatória.

Quase na hora de almoço e calor começava apertar, tinha pela frente um troço árido e com algumas elevações. Não sendo eu um atleta nem de caminhar a passo rápido fui com calma. Duro para um tipo como eu, curioso, com alma de explorador e de conhecer. Ao chegar ao Azinhal passei pela Igreja Matriz e não se vê ninguém só alguns carros a porta. A dureza continua apesar da minha falsa alegria numa descida bem ingreme. Estou totalmente dependente do meu programa de navegação. Algumas setas desaparecem, apesar de grande parte do caminho ser o GR15. Mais uma subida e Guadiana a vista chego a Almada de Ouro. O corpo começa a dar sinal de exaustão muscular, parei para descansar, numa cabana junto ao rio. O calor tem um efeito no nosso corpo que faz aumentar o batimento cardíaco como estivesse a ventilar e a manter o equilíbrio térmico.. Assim qualquer esforço físico só aumenta ainda mais esse batimento. Pensava eu que junto ao rio as coisas eram mais frescas, enganei-me. A paisagem tem a sua beleza de inóspita de agreste. Fui-me arrastando. Tinha água suficiente e alimentos, mas a falta de descanso da noite anterior estava a fazer moça. Ao mudar de direção já para o interior, foi terrível. Mais perecia aquelas ovelhas que nos dias quentes procuram a sombra de uma arvore e deitam-se. Eu a pensar que estava a chegar, mas não era Alcarias. Faltavam 3k para Odeleite. A ultima subida tinha sido feita mesmo em sacrifício. Quando comecei a fazer as contas, tinha feito 26k e a distancia que faltava para acabar já não dava tempo para apanhar o expresso de regresso a Lisboa. Parei num restaurante ” Casa de Pasto Albertos” Alcaria. Disseram que de vez enquanto recebem gente para dormir, ótimo mais uma referencia. Então que pedi aos donos se me podiam levar a VRSTA que eu pagava o gasóleo. De qualquer forma tinha que chamar um taxi como tinha previsto. Para a próxima começo o Caminho em Alcaria e encaixo os 3 k que faltavam. Já em VRSA foi apanhar o expresso das 17.00h para Lisboa, com chegada as 22.00h. Depois o Intercidades no Oriente com chegada a casa as 23.30h. Finalmente “Home” após 24 non-stop ...e uma cama.....

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GALERIA:

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