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CAMINHO:
MELGAÇO - MONÇÃO

Acordei como costumo acordar num dia de semana 6 da manhã. Tinha tudo espalhado pelo quarto apanhar ar do dia anterior. Com calma comi cereais e fui arrumando tudo na mochila de 35+5lt.. Também a da frente mais pequena mas essencial para maquina fotográfica, telemóvel, agua e alguns alimentos. Quando está frio é sempre difícil de escolher roupa. Como transpiro acabo por andar muito tempo molhado e se me dispo ou alivio a roupa é pior. Efeitos da mochila que apesar de ter uma caixa de ar nas costas significativa, não é o suficiente. Não sou um tipo seco.

 

Com tudo pronto, pus o pé na rua e o frio seco na face fazia os olhas chorarem. Primeiro que tudo clicar na aplicação para iniciar a navegação. Depois como citadino que sou procuro um café. Ótimo saiu-me uma pastelaria Broa de Mel em Melgaço. Fui caminhando pela rua a ver as ultimas montras dos próximos 24k. Na saída da vila entrei logo por caminhos antigos de pedra polida de tantos passarem. Fugi ao trilhos e percursos do Rio Minho e cruzei-me muitas vezes com o caminho Mariano e o GR50. Procurava edifícios antigos e emblemáticos por caminhos reais. As Termas de Melgaço que no verão devem ser muito apelativas pela frescura envolvente. Grande parte do percurso foi pela antiga Estrada Nacional Nº202. Terras do Arinto, lotes de vinhas recortados e trabalhados. Aldeias lindas com igrejas e casas senhoriais ao abandono com brasões cravados na pedra, de ilustres senhores. Fui caminhando um pouco contra o tempo devido ao horário do expresso em Monção. Pelo caminho há muita água mas os cafés e lojas são escassas e muitas estão fechadas. Pela estrada algumas pessoas passavam e demonstravam admiração. Ainda deu para brincar com um cavalo curioso que me cheirou de alto a baixo.

Estava adorar apesar de ser domingo e domingo é sempre um dia de regresso. Ao passar pela povoação de Penso oiço missa, mas tipo missa ao vivo. Pensei que não era possível pelo balho de fundo parecia que estava em Fátima. Afinal eram uns autofalantes virados para a população e arredores para rezarem e não saírem de casa. Desta vez o telemóvel não estava a acertar as horas espanhola com a portuguesa e as vezes baralhava-me, e dava uma hora mais tarde o que era preocupante. Adorei Valadares onde fiz um desvio para passar no interior. Ponte do Mouro com os mini passadiços a mostrar do que mais histórico há na zona, diria mais onde a historia e a natureza se envolvem. Pontes cascatas, praia fluvial etc. tudo com um grande peso histórico. Até Monção foi um pulinho, ainda parei para comer qualquer coisa que trazia na na mochila e foi sempre andar, devagar. Fico a imaginar como tudo seria á 100, 200 anos atras e pelo estado das coisas não é difícil. Mas a desertificação continua o interior é cada vez mais profundo.

Quando cheguei a garagem dos expressos de Monção estava interiormente encharcado. A temperatura era de aproximadamente 12 gaus e estava sol. Como faltava algum tempo para a camioneta sentei-me e comecei a mudar de roupa aos poucos mesmo em plena rua ate ficar em cuecas. Coloquei o roupa na relva a secar um pouco e sempre fiquei mais consolado. Estava feliz tinha o cérebro cheio de coisas extraordinárias. O expresso chegou atrasado a Monção onde era o seu inicio, perto das 16 e as 21.30 estava em Fátima. Foi só vir de carro até a casa e chagar com um grande sorriso.

 

by PedroPimenta

16 de janeiro 2022

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GALERIA:
 

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