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CAMINHO:
MONÇÃO - SISTELO.

Desta vez tive companhia de uma caminheira de Leiria que propos-.se acompanhar-me. Seguimos juntos de expresso para Monção na sexta-feira. Ao chegar fomos diretos ao Hotel Vila Esteves que foram de grande simpatia. Apesar das horas, fomos ainda comer qualquer coisa e seguidamente demos um giro de reconhecimento a cidade. Tiramos umas fotos noturnas e fomos descansar.

Sábado saímos as 8 da manhã, depois de um bom pequeno almoço e mochilas as costas iniciamos a etapa 3. A progressão faz-se por estradas municipais pelo interior de pequenas povoações repletas de historia. Paramos junto a igreja de Longos Vales, pois a sua arquitetura e toda a sua envolvência é de um espetáculo único. Muito bonito. Os sarcófagos e os espigueiros faziam parte da herdade que em consulta na net tem uma linda historia. Mais uns quilómetros pela estrada que ia subindo a meia encosta via-se as vinhas e os campos verdes trabalhados. O gado era uma constante principalmente borregos e cabras. Em todo lado ve-se casas abandonadas que o tempo não perdoou na sua passagem. Na estrada somos abortados por um habitante que ao ver dois transeuntes de mochila nos perguntou “Que vindes fazer?”. Não deixa de ser uma grande pergunta de quem precisava de falar um pouco. Começamos a descer em direção a Merufe... mas mesmo a descer a pique que até os joelhos rangiam. Uma simpática aldeia no vale da Serra d´Anta. Parámos aos 16 kms junto a capela do Senhor do Passos para comermos e ganhar forças para os últimos 4 kms. Chama-lhe Caminho dos mortos, uma subida de aproximadamente 4 kms em pavimento de pedra onde a agua teimosa faz questão de descer.. é um caminho quase anfíbio. Onde estão marcadas nas pedras as rodas das coroças que durante centenas de anos ali passaram. Para mim foi duro subir mas a beleza de tal lugar justificava bem as minhas paragens. A Graça com mais preparação ia subindo velozmente como gosta, até parar para molhar os pés. Este caminho faz parte da PR12 é duro e tem uma história triste. Pois era o caminho que os habitantes da Portela do Alvite levavam os seus morto em carroça ou em urna até Merufe. Falei com alguns homens que os transportaram na difícil descida até Merufe onde se situava o único cemitério na zona.

No fim da subida que foi tão difícil como bela, um pequeno planalto, e fim da etapa. Paramos num café “Casa do Forno” frente as bombas de gasolina e bebemos umas cervejas. Eu fiquei um pouco por ali a veras vacas a passearem pelas ruas. A Graça ainda desceu a modos de reconhecimento até ao Sistelo e subiu.

Na preparação da logística desta etapa levou-me até ao contacto do presidente da Junta de Freguesia de Merufe. Falei do projeto que tencionava fazer e precisava de dormir num locar e sair no outro dia logo de manha. Prontificou-se em ceder “a estriar” o Centro de BTT para dormir, com condições espetaculares. Quartos com beliches, cozinha, sala, casa de banhos, etc. Muito bom. O próprio pediu que divulgasse-mos este centro para fins desportivos e de lazer. A paisagem é de cortar a respiração o ar é puro e depois de um banho bem quente, o Jantar. Mesmo ao lado um restaurante com comida típica da região “Recanto d`Avó” Muito bom Carne a Barrosã com Vinho verde tinto de Monção. E mais não digo.... , foi um dia espetacular. A Graça Fernandes também adorou a paisagem o desafio e o jantar. Não fomos dormir sem antes dar-mos uma corridinha em plena noite para desmoer.

Presidente da Junta de Merufe. António Fernando Rodrigues Pinto o muito obrigado pelo apoio e conte com a minha divulgação das coisas mais belas que esta região pode oferecer.

Pedro Pimenta.

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GALERIA:
 

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