top of page
DSC04772.JPG
caminhos estacaero.png

Caminhada na Aldeia de Álvaro

A aldeia mais branca nas de Xisto

logo-OMDP-EN-1.png
wikiloc.png
Bastoes.png
Captura de ecrã 2024-12-22 104645.png
53268503587_1ecf2420a7_o.png
53268107614_57b5e28637_o.png

Um pouco de historia da aldeia:


Tanta coisa para dizer e sentir sobre uma aldeia tão pequena geograficamente. Mas o seu valor é mais espiritual, humano e astral. Vale a pena vir a Álvaro, passear, caminhar, os seus recantos falam-nos de passados bons, outros nem tanto. Dos Romanos aos dias de hoje. está ali tudo como testemunho. Deixo aqui um pouco da história, para aqueles que gostam de ler e aprender. 

 

“Visitar este tão antigo povoado, tem assim sabor de travessia, e existe nele algo que nunca se revela na sua totalidade, como se detivesse ele o poder de instigar em nós, uma constante necessidade de voltar, de revisitar, de rever com outros olhos e de observar com maior preceito. Nenhuma visita a Álvaro é igual, porque todas marcam novas e diferentes percepções, como se por efeitos de magia as coisas mudassem de sítio e se reorganizassem, o que, se de certa forma nos inquieta, ao mesmo tempo nos deixa mais vigilantes, mais alerta. Ali todos os cheiros contam, todas as texturas, todas as formas e cores e acima de tudo, todas as pessoas que se cruzam no nosso caminho. Existe na atmosfera deste lugar, uma poderosa força magnética, e isso explica a forma como nos sentimos sempre bem ali, não havendo qualquer tipo de estranheza, mesmo quando o conhecemos e sentimos pela primeira vez. Pode parecer absurdo, e certamente muito pouco realista, mas é como se na chegada estivéssemos a matar saudades. Como se noutra vida ali tivéssemos vivido ou apenas estado. Serão muito poucos os lugares por esse Mundo fora, cuja experiência se possa assimilar a esta, e isso explica a transcendência deste lugar, o facto de ninguém lhe conseguir ficar indiferente e as sensações que em nós desperta.
 

Álvaro é uma aldeia pertencente à freguesia homónima de Álvaro, concelho de Oleiros, no distrito de Castelo Branco, englobada na região do Centro e sub-região da Beira Baixa.

A vila de Álvaro tem mais de oito séculos de história, facto que se atesta na alvura do casario, sinal de nobreza e do estatuto histórico de um território que já foi concelho, tendo sido extinto em 1836, por Decreto de 9 de março de 1836. O seu povoamento surgiu quando o Rei D. Sancho I decide fixar moradores em novos locais estratégicos, através da concessão de forais (os chamados forais velhos).

Nos finais do século XII, Álvaro parece ainda não existir como povoação mas a sua fundação terá surgido algum tempo depois, com a construção de um Castelo na linha de defesa contra os Mouros. Lutava-se ainda pela consolidação da Reconquista Cristã na Península Ibérica. O povoamento de Álvaro ficou a dever-se a um cavaleiro que, depois de ver o inimigo afastado, tomou o castelo como casa. Esta ficou à guarda de um seu criado, de nome Álvaro Peres, incumbido também de povoar e defender o sítio.

Embora as terras de Álvaro não estejam explicitamente mencionadas, foram abrangidas na doação de D. Sancho I, em 13 de junho de 1194, à Ordem de S. João Baptista do Hospital que aliás, lhes reconheceu interesse pela atração e potencial de desenvolvimento que o curso fluvial do Zêzere posteriormente intensificou.

Entretanto, entre 1504 e 1522, D. Manuel I organiza internamente o território, dando mais autonomia às localidades preponderantes, como a vila de Álvaro, à qual é concedido estatuto político-administrativo próprio, através da atribuição do foral novo, o Foral Manuelino, a 4 de agosto de 1514, efeméride que assinala este ano o seu 500.º aniversário.

 

Património religioso
de Álvaro reza de sete Capelas – Santo António, S. Sebastião, Nossa Senhora da Nazaré, Misericórdia, S. Gens, Nossa Senhora da Consolação e S. Pedro- das quais cinco se encontram dentro da povoação, e duas na zona envolvente. Contam-se ainda mais dez capelas na freguesia de Álvaro e no interior de cada uma guarda-se um importante acervo religioso. Em redor da aldeia, os caminhos dos viandantes são bordejado por inúmeras alminhas, que recordam a passagem efémera de todos nós neste mundo, convidando-nos a rezar pelas almas que esperam para entrar na glória celeste.

 

Ordem de Malta: 263 Anos em Álvaro
No vasto território doado por D. Sancho I em 1194, também se incluía o território de Oleiros e Álvaro, embora esta povoação não seja mencionada. Esta omissão provocou, nos finais do século XIV, alguma polémica entre a Coroa e a Ordem de Malta, quanto à posse da comenda da vila de Álvaro.

 

As Invasões Francesas em Álvaro
Também a então vila de Álvaro foi ultrajada pelo invasor exército napoleónico. Relata-se que a Capela da Misericórdia foi transformada em cavalariça. As imagens de Nicodemos e de José de Arimateia foram tombadas e aproveitadas as escavações nas suas partes traseiras como pias para dar de beber aos cavalos.

 Esta aldeia branca, pertencente às Aldeias de Xisto, namora o Zêzere como nenhuma outra, e encontra ali um dos vales mais bonitos de todo o percurso do rio. Uma das margens do rio foi inclusivamente aproveitada para uma praia fluvial, com duas piscinas e um cais de ancoragem. A própria vivência do rio parece estar impressa nas gentes que ali vivem, como se o mesmo pudesse fazer parte da própria herança genética. Ele não faz apenas parte da história deste lugar, mas ele é também uma das principais personagens de muitas das histórias que ali se escreveram e ainda escrevem, sempre omnipresente, sempre enquanto parte integrante do retrato de Álvaro.”

 

O sistema de luz noturna de Álvaro estava danificado desde os incêndios de 2017 e necessitava de um amplo investimento por parte da empresa E.Redes, entidade com a qual a autarquia de Oleiros têm vindo a ter contactos, no sentido de quando se avançar para a substituição de lâmpadas públicas, se optar sempre pela tecnologia LED, em todo o concelho.

 

A Câmara Municipal de Oleiros submeteu a candidatura para requalificação dos espaços públicos de Álvaro, designada por “Valorizar Aldeias do Xisto – Aldeias.com”, à Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, no âmbito do Programa Valorizar, em que é parceira, mas em que o promotor é a ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico.
 

GALERIA

bottom of page